18.12.11

Vez enquando me vejo nos mesmos erros de antes.
É como uma rotina de quedas,
Um engodo de promessas de dias melhores
dos quais insisto em inventar.

Vivendo e aprimorando a arte de se enganar;
se enganar é arte, arte de criar
um mundo só seu, que você cuida e planeja
em miúdos, ignorando o que pode te machucar.

E disso é gostoso se alimentar:
dos dias acinzentados que nos são dados a pintar.
E, pecando por ser amador, descuido, deixo derramar
as cores negras que esqueço de guardar.

Que um dia a vida me faça aprender
a respeitar as demoras de meus passos.
Faço de progressos castelos de cartas: subo e esqueço
que os ventos ainda podem me derrubar.

Lucas Magalhães

Um comentário:

  1. É clichê dizer, mas isso aqui é um aprendizado eterno. Nunca há conhecimento suficiente, nem mesmo há garantia de perfeição na repetição.

    Parabéns por transformar em palavras o que nem todos sabem dizer.

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