14.10.11

É como se o céu houvesse desabado;
e sentir o vento bater forte,
chocar com as mãos atadas, geladas,
que as circunstâncias ataram para trás.


É ver as nuvens vencendo o seu sol,
e duvidar que amanhã é de novo dia;
ter certeza que deve abraçar seu amor,
pois este é seu último entardecer.


É ver o céu vender todo seu azul
e empobrecer-se com o enegrecer;
é andar lento debaixo do temporal,
e, desorientado, pensar no que fazer.


É ignorar a distância que se faz,
saber de seus caminhos e não correr atrás.
Ter flores a entregar,
e preferir vê-las murchar - amo você.


(Lucas Magalhães)

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